Caros amigos, o fim de semana passado foi qualquer coisa!
Em geral passou-se mais de noite que de dia, ainda que de dia também houve um grande momento – o da chegada da amiga Joana, minha ex-colega da Sorbonne, que vem para cá estagiar para a Comissão e viver comigo e com a Sónia.
Mas vamos então à noite.
Estive em 11 sítios diferentes em duas noites…sejam eles restaurantes, bares, discos ou festas.
Sexta…invariavelmente tudo sempre começa no Ralph’s. Seguiu-se jantarada de tapas e cidra na tasca Asturiana “Cabraliego”. Um copo no “Flat” (desta vez o grupo abancou na divisão « quarto »). Mais outro copo e um pézinho de dança no “Wax”.
E “Chez Maman” com eles! Um bar com espectáculo de travestis e música dos 80s a bombar. Mas não são uns travestis quaisquer, respeitinho que a dita Maman é o travesti mais famosa de toda a Bélgica e é várias vezes convidada para ir a França e tudo! (reparare-se que tive alguns problemas de escrita relativos ao género, o que interessa é que eles vestidos delas me puseram ainda mais bem disposta).
Esta noite acabou no “MadeinBrussels”, onde nunca tinha ido e também ficou comprovado que não é assim tão fácil de se lá chegar. Não é a minha onda, mas gostei de ver. Basicamente é o rés-do-chão de um prédio em construção, com umas roulottes la dentro a fazer de bar e de bengaleiro e DJs a pôr música electro-techno-psycho…muito alternativo, muito underground. As pessoas que por lá estavam, uns mais novos, outros mais velhos, uns com rastas e mochilas, outros com piercings por tudo o que é lado…enfim uma nova experiência, não sei se repetirei…
Sábado…jantar no “Touch & Go” em St. Boniface e depois com duas garrafas de champanhe seguimos para uma pré-festa em casa do meu amigo norueguês Frodo (alcunha que lhe foi dada pois o nome dele não é fácil de se pronunciar mas é parecido, qq coisa como Fruuda). Gente alta e, regra geral, bonita, o que é sempre agradável à vista. Já que estávamos perto, seguimos para a festa no salão do Museu do Automóvel, no Parc du Cinquantenaire cujo título era “Miami Vice”…não me perguntem porquê. Dançámos até às tantas, ao som de vários DJs, entre os quais o da melhor festa portuguesa que ocorreu em Bruxelas em 2004 (sim, claro que eu fiz parte da organização!).
E quando pensava que o destino seguinte era a minha caminha, surge a ideia arrojada de irmos até ao Mantongué (bairro africano perto de casa, onde vivem os emigrantes do Congo - a ex-colónia belga e arredores). Para quem já vinha com o balanço da noite anterior, a tal proposta só havia uma reposta a dar: “E porque não?!?” Fomos parar, os 4 últimos resistentes da noite, ao Éden. Dançámos kizomba, kuduru, sei lá, rodámos a anca até já não aguentarmos mais. Fomos bem recebidos pelas robustas congolesas e pela Sra. do bar (do Níger) que lá nos tentavam ensinar os movimentos. Tivemos direito a rodada por conta de um outro amigo africano…enfim, inesquecível, só visto…uma recepção bem calorosa!
Este é o cartaz que ilustra o bairro – África em Bruxelas:
Por fim, o pequeno-almoço no trendy Café Belga soube-nos lindamente.
O título do post é o slogan do dito Éden, que li na segunda-feira, no caminho para o trabalho, pois passo lá em frente todos os dias. Não é que o evento tenha mudado a minha vida, mas uma coisa é certa “Nada será como dantes” no sentido em que, agora, cada vez que lá passo, não consigo deixar de soltar um sorriso e pensar nas coisas boas da vida.
Viva a versatilidade, a boa companhia e a boa disposição!
