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terça-feira, janeiro 30, 2007

Na sala de cinema

A par do cinema em casa, tem havido também cinema na Toison d'Or (as salas de cinema aqui ao pé de casa).

Um filme que me pôs bem disposta foi o "Little Miss Sunshine". Muito bom, que família! Parece que não há mesmo famílias ditas normais e também, se houver, não devem ter graça nenhuma! É preciso é que a malta seja feliz e solidária.

Obrigada MP pela banda sonora, eu e a Joana divertimo-nos imenso a dançar cá em casa ao som de "Superfreak", ao estilo da cena final do filme!



Uns dias depois vi o "The Departed" ("Les infiltrés" em francês e "Entre Inimigos" em português - no comments). Sobre a Mafia Irlandesa nos EUA e os informadores que jogam para os dois lados e mantêm a coisa...mas por vezes também se lixam! Óbvio!

Um bom filme, uma bela tragédia ao estilo de Shakespeare e um bom elenco.

Tenho que investigar o que anda a passar na Cinemateca de Bruxelas, pois, vai na volta, passam filmes bons e com bilhetes a €2, o que é uma pechincha!

Vi lá o "Walk the Line" em Dezembro, que me tinha escapado quando esteve no cinema e que me pôs a ouvir Johnny Cash de bom grado!

É hoje!

Finalmente umas actualizações...já não era sem tempo...mas já vão perceber o que me tem ocupado o tempo.

Comecemos pelo "homevideo".

Este ano já vi:
"As memórias de uma Geisha" - Gostei. O Oriente continua a ser para mim um Mundo a descobrir...tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Gostei de ter mais um cheirinho da terra do sol nascente.

"A Marcha dos Pinguins" - Adorei! Que filme bonito. Os pinguins são uns animais fantásticos e têm agora, mais do que nunca, todo o meu respeito. 'Hats off' para toda a realização e produção. A banda sonora de Émilie Simon, que foi para mim uma revelação, acenta que nem uma luva nos pequenos seres de fraque! Descrevendo o filme numa palavra - sublime!

Deixo-vos a 'traila'



E um anúncio genial do Canal Plus francês inspirado no filme:



Para além destes dois, revi ainda o "Amores Perros" e o "Ocean's Twelve". Outros dois bons filmes, em géneros bem diferentes.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Vide Maison

Na Bélgica e em alguns outros países por estas bandas, instituíram o conceito dos «vide maison». Basicamente, aquando de uma mudança de casa, depois de se terem tirado as coisas que se lá tinham e que se queiram reutilizar na nova casa ou que se queiram guardar por razões afectivas, ainda assim, sobra sempre cangalhada que não se quer ou que por razões de deslocação não é possível levar. Eis que se chamam então estes «vide maison» literalmente os «esvazia casa», que procedem, como o próprio nome indica, a uma limpeza geral (segundo o vernáculo dos gatunos). Neste caso a título gratuito ou não (conforme o proprietário, se bem que quando é a pagantes, é sempre a preço simbólico). São normalmente proprietários de casas de velharias ou apenas velhotes e malta pouco abonada que depois vai vender as ditas cangalhadas para as feiras da ladra. No fundo, é o princípo da reciclagem ao seu melhor nível! Nada se perde, tudo se transforma!

Ora bem, na Bélgica sê belga (com peso e medida, claro!). Faz-se por adoptar as melhores prácticas.
Em Bruxelas, como se sabe, o chegar, instalar-se e partir é recorrente. Resultado, há coisas que se acumulam e que no momento da partida ou se vendem, ou se deixam para trás, ou se deitam para o lixo ou se dão aos amigos. Relembro que para quem regressa a bordo de um avião, os limites são, regra geral, de 20kg de bagagem! Mais peso, é a pagar e bem!!
Para quem vai ficando, que ultimamente tem sido o meu caso, a perspectiva passa a ser a de receptor universal.
Quando parti a primeira vez de Bruxelas, deixei os meus despojos com os italianos que ficaram.
Desta vez já recebi o espólio bruxelense do Luís e da Pi. Desta última foi um «vide maison» à séria. Eu e a Joana, fomos lá a casa de mochila e saco do Ikea e toca de fazer a limpeza. Podem nunca ter pensado no assunto, mas é impossível comprar coisas de forma a acabarem aquando da partida, pense-se nas especiarias, nos detergentes, em alguns artigos de casa de banho…enfim e é óbvio que ninguém leva para casa estas coisas. A juntar às outras coisas volumosas ou pesadas que deram muito jeito durante a estadia mas que também não se levam (ex: edredon, panelas, estendal, etc.)

Um renovado e sincero bem-haja aos meus caros doadores!
Um dia, quando partir, farei o mesmo, deixarei o meu legado a um ou mais “vide maison” amigo(s).