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sexta-feira, janeiro 05, 2007

Vide Maison

Na Bélgica e em alguns outros países por estas bandas, instituíram o conceito dos «vide maison». Basicamente, aquando de uma mudança de casa, depois de se terem tirado as coisas que se lá tinham e que se queiram reutilizar na nova casa ou que se queiram guardar por razões afectivas, ainda assim, sobra sempre cangalhada que não se quer ou que por razões de deslocação não é possível levar. Eis que se chamam então estes «vide maison» literalmente os «esvazia casa», que procedem, como o próprio nome indica, a uma limpeza geral (segundo o vernáculo dos gatunos). Neste caso a título gratuito ou não (conforme o proprietário, se bem que quando é a pagantes, é sempre a preço simbólico). São normalmente proprietários de casas de velharias ou apenas velhotes e malta pouco abonada que depois vai vender as ditas cangalhadas para as feiras da ladra. No fundo, é o princípo da reciclagem ao seu melhor nível! Nada se perde, tudo se transforma!

Ora bem, na Bélgica sê belga (com peso e medida, claro!). Faz-se por adoptar as melhores prácticas.
Em Bruxelas, como se sabe, o chegar, instalar-se e partir é recorrente. Resultado, há coisas que se acumulam e que no momento da partida ou se vendem, ou se deixam para trás, ou se deitam para o lixo ou se dão aos amigos. Relembro que para quem regressa a bordo de um avião, os limites são, regra geral, de 20kg de bagagem! Mais peso, é a pagar e bem!!
Para quem vai ficando, que ultimamente tem sido o meu caso, a perspectiva passa a ser a de receptor universal.
Quando parti a primeira vez de Bruxelas, deixei os meus despojos com os italianos que ficaram.
Desta vez já recebi o espólio bruxelense do Luís e da Pi. Desta última foi um «vide maison» à séria. Eu e a Joana, fomos lá a casa de mochila e saco do Ikea e toca de fazer a limpeza. Podem nunca ter pensado no assunto, mas é impossível comprar coisas de forma a acabarem aquando da partida, pense-se nas especiarias, nos detergentes, em alguns artigos de casa de banho…enfim e é óbvio que ninguém leva para casa estas coisas. A juntar às outras coisas volumosas ou pesadas que deram muito jeito durante a estadia mas que também não se levam (ex: edredon, panelas, estendal, etc.)

Um renovado e sincero bem-haja aos meus caros doadores!
Um dia, quando partir, farei o mesmo, deixarei o meu legado a um ou mais “vide maison” amigo(s).

2 Comments:

Blogger Andre said...

Muito bem!!!
Nao fazia ideia!!

Depois estou curioso de saber o que conseguiram levar:)

5/1/07 19:29

 
Anonymous Anónimo said...

Exemplo de boas práticas europeias a seguir por cá.
Será possível organizar um "vide maison", em Carnaxide, com o acumulado da arrecadação?!
Quem seriam os potenciais receptadores?
A "memorabilia" é diversa...

17/1/07 23:23

 

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